Termos Médicos Antigos: Expressões e Escritas que Ainda São Usadas por Profissionais da Velha Guarda

A medicina evolui, a tecnologia avança, mas há algo que insiste em atravessar gerações: o vocabulário médico tradicional. Termos como dieta branda, ácido acetilsalicílico, repolho, NPO, tid, entre tantos outros, ainda habitam prontuários, prescrições e rotinas hospitalares. Muitos deles são considerados jargões de uma era onde o papel, o latim e a caligrafia médica imperavam nos corredores clínicos.

Neste artigo, vamos entender por que esses termos antigos ainda são usados, quais suas origens e qual o impacto disso na prática atual — tanto para profissionais mais novos quanto para pacientes.

🕰️ Por Que Alguns Termos Antigos Persistem na Medicina?

A explicação é multifatorial:

• Formação tradicional: Muitos médicos, farmacêuticos e enfermeiros formados há décadas continuam em atividade e utilizam o vocabulário aprendido;

• Termos curtos e funcionais: Algumas abreviações, como EV, VO, tid ou q6h, são práticas, rápidas e universais dentro do ambiente clínico;

• Cultura hospitalar: Certas expressões se enraizaram nos fluxos internos de comunicação, resistindo mesmo diante de mudanças tecnológicas;

• Herança latina: A influência da medicina europeia (sobretudo da tradição romana) deixou raízes profundas na nomenclatura médica.

📚 Exemplos de Termos Médicos Antigos Ainda Utilizados

🏥 Impacto para Pacientes e Profissionais em Formação

Embora esses termos sejam rotineiros para profissionais mais antigos, eles podem gerar dificuldade de entendimento para pacientes e até confusão entre estudantes e profissionais recém-formados. Em tempos de prontuário eletrônico, padronização de linguagem e acessibilidade, há um movimento crescente para modernizar o vocabulário médico, especialmente em comunicações com o público geral.

Mas atenção: isso não significa abandonar o conhecimento tradicional, mas sim atualizá-lo com clareza e contexto, mantendo o que ainda for funcional.

🧠 A Importância da Comunicação Clara na Saúde

Expressões antigas sem explicação podem dificultar o entendimento de pacientes, especialmente em receitas, laudos ou prontuários. Por isso, é fundamental:

• Traduzir jargões ao explicar condutas ao paciente;

• Evitar o uso de siglas incomuns em atestados e orientações;

• Usar linguagem acessível em materiais educativos.

A comunicação eficiente aumenta a adesão ao tratamento e reduz erros de interpretação.

✅ Em Síntese

A permanência de termos antigos na medicina é um reflexo de sua tradição, eficiência e, em muitos casos, do respeito à história da prática clínica. No entanto, à medida que a medicina se moderniza, é essencial equilibrar tradição com clareza, para garantir que a comunicação com pacientes e equipes multidisciplinares seja cada vez mais precisa, empática e funcional.

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"Paciente em dieta branda, sob vigilância dos SSVV e prescrição de medicação EV tid"